Crianças
estão a perder destreza física e a culpa é do sedentarismo, transformado em
epidemia.
Sabem
andar, correr ou saltar, mas fazem-no cada vez menos. E com cada vez maior
dificuldade. Isto porque as crianças portuguesas estão a tornar-se «analfabetos
motores», situação que os especialistas classificam já como preocupante. Um
alerta que chega no Dia Internacional do Brincar, assinalado esta quarta-feira
(28) em todo o mundo.
«Grande
parte dos jovens não gosta de se ‘mexer’, preferindo jogar nos computadores ou
telemóveis», confirma ao Destak Artur Correia da Silva, técnico de reabilitação
motora na Clínica da Mãe e da Criança. Atividades que contribuem para a
crescente epidemia de obesidade infantil. Mas apesar de conscientes que a
prática regular e contínua do exercício físico contribui para uma vida mais
saudável, «pouco fazemos para corrigir e inverter a atual situação»,
acrescenta.
No
dia dedicado às brincadeiras, é isso mesmo que o especialista aconselha.
«Brincar é, a meu ver, um meio privilegiado de promoção do desenvolvimento
pessoal, interpessoal e comunitário das crianças e jovens. E é muito mais
importante, agradável e acessível levarmos as crianças ao parque, do que lhes
comprar um número infindável de jogos.»
O
especialista alerta ainda para o facto de ser apenas na escola que muitas
crianças e jovens praticam atividade física e desportiva. «É, de facto, o único
momento que esses jovens têm, nos dias de hoje, para se poderem expressar e
evoluir em termos motores, condição importantíssima para o desenvolvimento.
Mas, paradoxalmente, temos vindo a assistir a uma progressiva desvalorização
desta área pedagógica. O que me parece ser muito preocupante.»
O
papel dos pais
Como
«um dos vértices do triângulo educativo», cabe aos pais um papel importante,
quanto mais não seja o do exemplo. «Brinquem mais com os filhos. É que não
estão a perder tempo... Brincar é gerador de melhores relações, mais saudáveis
e abertas.»
Noticia
publicada em www.destak.pt.
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