sábado, 1 de junho de 2013

Os benefícios do desporto para o desenvolvimento da criança

Os benefícios do desporto na infância vão além do controlo da obesidade e do desenvolvimento da coordenação motora. A prática de actividades físicas em grupo é capaz de definir habilidades sociais e emocionais e cognitivas no futuro da criança.





O lúdico na iniciação desportiva

A brincadeira é uma forma de desenvolvimento de competências quer comportamentais, quer motoras, aprender competências úteis para a vida posterior, uma oportunidade de iteração social e desenvolvimento de competências sociais, tal como o desenvolvimento da criatividade e imaginação. A educação física serve-se da brincadeira na iniciação desportiva, tornando a prática desportiva mais próxima do mundo das crianças, além de ter como um dos seus principais objectivos o desenvolvimento motor, cognitivo, social e psíquico das crianças que a praticam.

Para Gabarra, Rúbio e Ângelo (2004) a utilização do lúdico no momento da iniciação desportiva é fundamental para que as crianças sintam prazer na mesma. É importante ressaltar que a motivação intrínseca para o desporto na infância constitui um factor preponderante para a permanência na prática desportiva, reforçando a ideia do lúdico como favorecedor da motivação.



Carvalho (1987) menciona a importância das experiências desportivas na infância no sentido da busca do prazer e da adesão livre, colocando a criança como a protagonista do gesto, proporcionando a ela, e não apenas ao educador, o significado da sua acção  Esta perspectiva favorece uma atitude activa da criança no processo de iniciação desportiva, desenvolvendo a sua autonomia, criatividade e espontaneidade, além de proporcionar desde a infância o conhecimento e apropriação do próprio corpo, das suas capacidades, da sua necessidade de cuidado.


sexta-feira, 31 de maio de 2013

A criança de 5 e 6 anos

Aos 5 anos

Esta idade marca o fim e o começo duma etapa de crescimento. A própria criança parece ter consciência de ter atingido um cume ao dizer: “Tenho 5 anos!”.

Torna-se mais dona de si mesma, mais reservada. A sua relação com o ambiente manifesta-se em termos mais amistosos.

O seu mundo é de aqui e de agora. O centro deste mundo continua a ser ocupado pela mãe. Não tem ainda maturidade para formar conceitos e sentir emoções abstractas.

Possui um forte sentido de posse, sobretudo com as coisas de que gosta.
Dentro do âmbito familiar fará perguntas próprias: Para que serve? De que é feito? Pensa antes de falar. Querem saber para sentir a satisfação do êxito pessoa] e de aceitação social.

Aos 6 Anos

Aos 6 anos, a criança deseja a companhia de outras crianças. No jogo e nos seus companheiros encontra as suas próprias experiências que, unidas ao ensino e exemplo dos mais velhos, a ajudarão a alcançar um maior equilíbrio e maturidade psicológica.

Uma mudança psicológica na sua personalidade

Adquiriu já um número considerável de conhecimentos que vão aumentando e variando constantemente as noções que tem do mundo. Quanto mais rico se torna em noções, menos rico é em intuições. Compreende mais coisas, mas adivinha menos. É mais inteligente e menos intuitivo (embora o seja e muito).

A mudança que se manifesta nesta etapa é devida também à educação. Se dia após dia, os excessos dos impulsos são travados, e os desvios orientados, algo se terá de reflectir na personalidade da criança.




quinta-feira, 30 de maio de 2013

Há cada vez mais «analfabetos motores» de palmo e meio

Crianças estão a perder destreza física e a culpa é do sedentarismo, transformado em epidemia.

Sabem andar, correr ou saltar, mas fazem-no cada vez menos. E com cada vez maior dificuldade. Isto porque as crianças portuguesas estão a tornar-se «analfabetos motores», situação que os especialistas classificam já como preocupante. Um alerta que chega no Dia Internacional do Brincar, assinalado esta quarta-feira (28) em todo o mundo.

 «Grande parte dos jovens não gosta de se ‘mexer’, preferindo jogar nos computadores ou telemóveis», confirma ao Destak Artur Correia da Silva, técnico de reabilitação motora na Clínica da Mãe e da Criança. Atividades que contribuem para a crescente epidemia de obesidade infantil. Mas apesar de conscientes que a prática regular e contínua do exercício físico contribui para uma vida mais saudável, «pouco fazemos para corrigir e inverter a atual situação», acrescenta.

No dia dedicado às brincadeiras, é isso mesmo que o especialista aconselha. «Brincar é, a meu ver, um meio privilegiado de promoção do desenvolvimento pessoal, interpessoal e comunitário das crianças e jovens. E é muito mais importante, agradável e acessível levarmos as crianças ao parque, do que lhes comprar um número infindável de jogos.»


O especialista alerta ainda para o facto de ser apenas na escola que muitas crianças e jovens praticam atividade física e desportiva. «É, de facto, o único momento que esses jovens têm, nos dias de hoje, para se poderem expressar e evoluir em termos motores, condição importantíssima para o desenvolvimento. Mas, paradoxalmente, temos vindo a assistir a uma progressiva desvalorização desta área pedagógica. O que me parece ser muito preocupante.»

O papel dos pais

Como «um dos vértices do triângulo educativo», cabe aos pais um papel importante, quanto mais não seja o do exemplo. «Brinquem mais com os filhos. É que não estão a perder tempo... Brincar é gerador de melhores relações, mais saudáveis e abertas.»


Noticia publicada em www.destak.pt.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

A tomada de decisão

 Segundo Erickson a criança entre os 3 e os 6 anos já deve ter capacidade de distinguir entre o que pode fazer e o que não pode fazer.

Torna-se importante para a criança tomar iniciativa em exercícios de grupo sem que tenha medo de errar. Assim até o próprio professor/treinador deve deixar a criança tomar a iniciativa sem que este lhe peça para que este tenha a noção de individualidade e que é diferente dos outros. É importante não reprimir a criança por tentar ser diferente e por tomar liberdade de fazer as actividades de forma autónoma pois poderá ter consequências no futuro tal como o desenvolvimento de culpa e até mesmo a diminuição da iniciativa para explorar novas situações.




quinta-feira, 23 de maio de 2013

A formação desportiva para crianças


A necessidade de participação em atividades desportivas tem vindo a ser cada vez mais incentivada junto da população em geral, existindo diversas oportunidades de envolvimento ao longo das várias etapas do desenvolvimento humano, variando obviamente o tipo de objetivos e “exigências” que são propostas aos participantes.




Uma dessas etapas remete para a inserção de crianças e jovens em atividades de iniciação e formação desportiva. Neste caso, interessa analisar o modo como os mais novos respondem às experiências desportivas que lhes são oferecidas, observando-se não só a forma como está organizada a competição e os próprios clubes, mas também o tipo de reações e comportamentos que os atletas apresentam nessas situações. De um modo geral, defende-se que esta integração deve permitir aos jovens o seu desenvolvimento pessoal e desportivo, representando sinais deste crescimento a possibilidade de poderem competir e jogar como os outros colegas de equipa, o envolvimento no estabelecimento dos seus objetivos e, principalmente, os sentimentos positivos experienciados na atividade desportiva.


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CIPDE’07
Conferência Internacional de Psicologia do Desporto & Exercício. Braga 2007
(Gomes, 1997; Martens, 1996; Martens, Christina, Harvey, & Sharkey, 1981; Orlick &
Zitzelsberger, 1996).

terça-feira, 14 de maio de 2013



“ Em determinada população podemos caracterizar os estádios por uma cronologia mas esta é extremamente variável; depende da experiência anterior dos indivíduos e não apenas da sua maturação; depende, principalmente, do meio social, que pode acelerar ou retardar o aparecimento de um estádio, ou mesmo impedir”

Piaget (1972, p.200)